Notícia
Estrangeiros lideram aquisições e fusões no Brasil
A operação de compra de parte da Azul pelos chineses da HNA é parte de um movimento mais amplo em curso no país. Com a desaceleração da economia e a alta do dólar, o mercado brasileiro ficou mais barato –e atraente– para empresas estrangeiras.
De acordo com levantamento sobre fusões e aquisições no país da consultoria PwC, a participação de companhias com sede no exterior no total de transações ultrapassou a das brasileiras pela primeira vez desde 2002.
Os dados, que consideram o acumulado no ano até outubro, mostram que, enquanto o número de operações feitas por companhias nacionais caiu 25%, para 275, as de estrangeiras tiveram alta de 5% (285), ou 51% do total.
Nessa conta não entram os negócios de Coty e Hypermarcas (US$ 1 bilhão) nem de Azul e HNA (US$ 450 milhões), anunciados neste mês.
O tamanho do mercado brasileiro, especialmente em consumo interno, é o principal atraente para compradores de fora do país. E os preços ficaram mais convidativos após a elevação de 56% no dólar em 12 meses até outubro.
Para Rogério Gollo, da PwC, essa combinação de fatores cria uma janela de oportunidade para quem começar a investir no país ou ampliar sua participação em empresas em que já está –caso da norte-americana Delta, que, em julho, elevou sua participação na Gol de 3% para cerca de 10%.
“Esses compradores estão considerando um horizonte de longo prazo, acima de três ano, o que torna a compra atraente, já que a situação econômica melhorará.”
As brasileiras, por outro lado, enfrentam custos mais altos e dificuldades de financiamento no país.
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