Notícia
Presidente do BC reitera compromisso com inflação de 4,5% em 2017
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a instituição está comprometida com uma meta de inflação de 4,5% em 2017. O valor é menor do que o projetado pelo mercado, que espera uma inflação de 5,14%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda passada (8). Goldfajn também afirmou que o BC deve “caminhar na direção de reformas microeconômicas” para evitar intervenções na economia, reduzir o custo do crédito e criar condições para o financiamento de investimentos produtivos de longo prazo. Ele participou da abertura de um seminário do Banco Central sobre riscos e estabilidade financeira em São Paulo nesta sexta (12).
O presidente do BC defendeu a atuação do banco no mercado de câmbio, que tem se dado sobretudo por meio de swaps cambiais reversos (equivalentes à
compra futura da moeda americana). “O Banco Central, quando julgar necessário, utilizará com parcimônia as ferramentas de que dispõe”, disse. Exportadores têm reclamado da valorização do real frente ao dólar desde o início do ano, o que torna os produtos brasileiros menos competitivos no exterior. A taxa de juros alta, de 14,25% ao ano, e o aumento da disponibilidade de capital estrangeiro explicam em parte o aumento do fluxo de dólares para o
Brasil e outras economias emergentes.
Esse “interregno benigno de liquidez” do cenário internacional, porém, deve ser tratado com cautela, afirmou Goldfajn. “Há riscos à frente que podem ameaçar esse modesto crescimento global e essa disponibilidade de capital.”
REGULAÇÃO
A reforma regulatória do sistema financeiro internacional, motivada pela crise de 2008, está próxima da conclusão, disse Goldfajn. A falta de regras do mercado foi uma das causas do problema. Analistas, porém, consideram que as mudanças implementadas nesses oito anos foram tímidas.
As inovações tecnológicas no setor financeiro (promovidas pelas chamadas ”fintechs”, startups com foco no setor) são outro ponto de atenção do BC, segundo o presidente.
A instituição tem buscado organizar o mercado com cautela para não “inibir sua evolução” com “requisitos regulatórios precoces”, afirmou Goldfajn. Para ele, elas podem contribuir para o desenvolvimento econômico ao trazer eficiência ao sistema.
(fonte: folha.uol.com.br)
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